Embora a rapidez seja cada vez mais importante no sucesso dos negócios, nunca abra mão da qualidade da informação ao contratar uma pesquisa de mercado, opinião, mídia ou social. Um pequeno erro pode custar a perda de milhões
Com o avanço da tecnologia e a expansão da conectividade, os players de mercado precisam reinventar-se permanentemente para preservar o seu protagonismo. Uma das ferramentas essenciais na busca dos novos caminhos trilhados pelo consumidor é a pesquisa de mercado. Ao mesmo tempo em que esse turbilhão de mudanças acontece, as empresas de pesquisa buscam novas ferramentas e estratégias que ajudem os clientes a lidar, com razoável clareza, com esse universo em transformação. No entanto, a evolução da indústria de pesquisa busca acompanhar, instantemente, o ritmo das alterações sociais. Isso por um motivo simples: o nosso setor preza pela qualidade da informação e pelo impacto desses dados nos negócios dos clientes.
Não significa, porém, que a indústria de pesquisa esteja em busca de um padrão 100% perfeito. Não, isso não existe. É aí que a ABEP exerce seu papel como balizadora e guardiã dos princípios internacionais que devem orientar as atividades de seus mais de 140 filiados. Além do seu código de autorregulamentação e ética do setor e dos guias de boas práticas sobre temas, como divulgação de estudos, relacionamento com os respondentes e pesquisas eleitorais, os comitês internos da ABEP trabalham, atualmente, em novos instrumentos e ações direcionados à qualidade e à valorização das informações geradas pelas pesquisas de mercado. São dados que, usados com inteligência e criatividade,podem impactar positivamente nas ações mercadológicas dos clientes.
A agilidade cada vez mais torna-se um ingrediente essencial no êxito dos negócios, mas essa velocidade precisa ser administrada com muito critério. Os resultados muito rápidos, acompanhados de uma análise superficial e enviesada, podem colocar em risco milhões em investimentos. A ABEP tem filiados que realizam estudos on-line e off-line com enorme qualidade e assertividade. O problema é que clientes menos habituados com o universo da pesquisa podem ser levados a comprar gato por lebre, entregue ainda com um belo laço no pescoço.
No caso dos estudos on-line e daqueles que avaliam a experiência do consumidor, eles devem ser cercados do mesmo rigor ético e metodológico dos estudos off-line. Só que cada um no seu quadrado, respeitando características, eficiência, abrangência, e assim por diante. É por isso que há dois anos a ABEP vem atraindo e continua a atrair essa nova geração de profissionais e de empresas de perfil exclusivamente digital. Acreditamos que as pesquisas on-line e off-line caminham juntas. Cabe aos institutos apresentar aos clientes a estratégia mais eficiente para que as marcas consigam efetivamente dialogar com os consumidores, sem nunca deixarem de lado a qualidade, a veracidade, a eficiência e a segurança das informações.
Esse ambiente requer cuidados redobrados. Podemos tomar decisões ou emitir opiniões baseadas em números, que muitas vezes não são confiáveis. O que é vendido como pesquisa às vezes não merece esse nome, infelizmente. Afirma-se sem pudor que determinado levantamento de dados ou enquete é uma pesquisa. Nada mais distante da realidade.
Há ainda, pessoas que divulgam informações como representativas de um Universo (ex.:população do país) e a coleta das informações é feita exclusivamente através de internautas, usuários de determinada rede social etc. Neste caso, a divulgação precisa ser ressaltada corretamente, como e onde os dados foram coletados e qual a representatividade dessa amostra.
Por isso, é preciso estar atento às fontes e estas precisam indicar como a pesquisa foi feita, para evitar, induzir o usuário a enganos de interpretação da informação.
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